Uma hora ia ter que colocar o pé na estrada…
Isso foi em 2008, na falta de companhia, resolvi que faria sozinho uma parte da trilha do ouro.
O trecho já tinha lugares conhecidos, mas bateu uma ansiedade, afinal, seria minha primeira expedição de moto!
Na época a ‘magrela’ era um Yamaha XTZ 125. Apesar de muitos acharem que é uma moto fraca, tenho de admitir, a pilotagem dela é algo simples e intuitivo, uma moto leve!
Tanto assim que na subida da Serra de Paraty (7 km, que hoje está sendo pavimentado – trará saudades) observei que muitas motos grande tinham dificuldades no terreno escorregadio e traiçoeiro. Eu tocava tranquilo… embora em minha primeira empreitada demonstrei ‘conhecimento’ do terreno. NÃO TIVE NENHUM TOMBO…
Esta cachoeira é mais linda do que se vê na foto, está próxima da divisa entre SP e RJ, na SP171…
Minha autoestima como motociclista estava tão boa que algumas semanas depois convidei uma amiga para um tour no litoral norte, como grande final, mais uma vez subi a Serra de Paraty. De início percebi poucas horas depois que estava sem os documentos da moto!!!
No passeio ouvi muitos elogios sobre minha forma de pilotar, era um clima quase romântico…
Já na subida, fomos surpreendidos por um temporal, aí notei que precisava mesmo aprender como pilotar!
Certa feita não tive como evitar, tomei um tombo daqueles!
Eu consegui sair rápido, mas a ‘garupeira’ não! Momento de tensão, ela estava presa sob a moto… Desesperei por um segundo, corri para acudir.
A pessoa estatelada na lama!
Quando abri a viseira de seu capacete fui surpreendido com as seguintes palavras:
“Esta roupa de andar de moto é quente, né?!”
Achei que ela tinha batido a cabeça! Toma um capote monstro e reclama da roupa de proteção!!!! A gargalhada foi tanta que durante alguns minutos não demos conta nem mesmo de levantar a moto.
É, mulher é um ser imprevisível mesmo.
Moto Expedição 